ESPINHEIRA-SANTA
Espinheira-Santa:
planta medicinal conhecida há muito tempo pelos Índios da América do Sul. Tem
este nome devido à aparência de suas folhas e por ser considerado um “santo
remédio” em linguagem popular. Cientificamente, está comprovada sua eficácia no
combate a problemas gastrintestinais como a gastrite, úlcera e gases.
Geralmente utilizada na forma de infusão ou cápsulas.
Nomes
Nomes em português:
Espinheira-Santa, Salvavidas; coro-milho-do-campo; Espinho de Deus; Maiteno;
Sombra-de-Touro; Congorça; Cancerosa.
Nome latim: Maytenus
ilicifolia.
Nom inglês:
Espinheira-Santa
Nome francês:
Espinheira-Santa
Nome espanhol:
Cancorosa
Família Celastraceae
Componentes
Terpenos (maitenina);
triterpenos; taninos; flavonóides; mucilagens; antocianinas; açúcares livres;
traços de sais minerais.
Partes utilizadas
Folhas
Efeitos da
espinheira-santa
- Tonificante
estomacal;
- Antiulcerôgenico (Tem
potente efeito anti-úlcera gástrica devido à ação dos taninos). Tem poder
cicatrizante de lesões ulcerosas do estômago devido à diminuição da acidez
estomacal pelo aumento da secreção gástrica;
- Tem ação
anti-séptica, devido à expressiva quantidade de taninos , atuando rapidamente
na paralisação das fermentações gastrintestinais;
- Analgésica nas
gastralgias (dor de estômago): Acalma rapidamente as dores estimulando e
corrigindo a função desviada;
- Levemente laxativo,
devido à presença de mucilagens;
- Levemente carminativa
(auxilia na eliminação de gases);
- Levemente diurético,
devido à presença de triterpenos;
- Alguns estudos
iniciais demonstram que a Espinheira-Santa tem o poder de inibir alguns tipos
de câncer (Fox,1991; Ohsaki et al.,2004);
- Demonstrou certa
eficiência no combate a Helicobacter Pylori, bactéria que causa úlcera
gástrica, podendo levar a câncer gástrico.(Cogo, et.al.2008).
Indicações
espinheira-santa
Acidez do estômago,
azia, gastrites causadas ou não pela bactéria Helicobacter Pylori, gastralgias
(dores no estômago), úlcera gástrica, enterites (inflamação do intestino),
dispepsia (perturbações do trato gastrintestinal), mau hálito (devido a
problemas estomacais), fermentações gastrintestinais, flatulência (gases).
Efeitos secundários
Pode-se notar boca-seca
e náusea que desaparecem com a descontinuidade do uso.
Contra-indicações
- Gestação e tratamento
de infertilidade feminina: É contra-indicado em casos de gravidez ou tratamento
da infertilidade feminina por ter um efeito abortivo descrito em pesquisas
científicas (Montanari, T.; Bevilacqua, E.; Contraception 2002);
- Lactação: É
contra-indicado o uso durante o período de amamentação pois a espinheira-santa
leva a uma redução do leite materno (Santos C, et al. Plantas medicinais 1988);
- Pessoas sensíveis ao
álcool: A tintura (por conter álcool) não deve ser administrada a pessoas que
sejam etilistas (pessoas dependentes de álcool) ou sensíveis ao mesmo;
- Pacientes com câncer
estrógeno-dependente;
- Hipersensibilidade a
este fitoterápico.
Interações
Não há comprovação de
interações medicamentosas.
Toxicidade
Testes de toxicidade
aguda e crônica realizados com folhas não provocaram efeitos tóxicosmutagênicos
e teratogênicos (má formação fetal) em animais ou em células vegetais.
(Carlini, E. A.;
Frochten-Garten, M. L. Em Toxicologia clínica (Fase I) da espinheira-santa
(Maytenus ilicifolia); Carlini, E. L. A., ed.; CEME/AFIP: Brasília, 1988.)
Preparações à base de
espinheira-santa
- Este medicamento pode
ser preparado através de infusão (chá), que consiste em adicionar água fervente
sobre as folhas rasuradas (rasgadas em tamanhos pequenos) e abafar por alguns
instantes. Normalmente utiliza-se 20g de folhas de Espinheira-Santa para 1
litro de água. Toma-se uma xícara de chá desta preparação antes das principais
refeições. Esta forma de uso pode ser alterada pelo médico ou farmacêutico
dependendo de cada caso.
Para esta preparação,
há a necessidade de se adquirir a Espinheira-Santa seca e é preciso comprar
este produto em estabelecimentos com registro na ANVISA e Ministério da Saúde.
Outra forma de uso
deste medicamento é o extrato seco que é encontrado na forma de cápsula e
recomenda-se ingerir 2 cápsulas de 500mg, duas vezes ao dia, antes das
principais refeições ou a critério do médico ou farmacêutico que analisando o
caso definirá possíveis alterações.
Há também a
possibilidade de fazer uso deste fitoterápico através de tinturas. Neste caso,
preconiza-se ingerir 2,5 ml (de um copo medidor que geralmente acompanha o
frasco) diluídos em meio copo de água, duas vezes ao dia, antes das principais
refeições ou a critério do médico ou farmacêutico que analisando o caso
definirá possíveis alterações.
Para estas duas últimas
formas de uso, adquira seu medicamento em Drogarias ou Farmácias de
manipulação.
Onde cresce a
espinheira-santa ?
A Espinheira-Santa
prefere solos ricos em matéria orgânica e é originária da América do Sul.
Hoje é distribuída nos
estados do sul do Brasil, nos sub-bosques das florestas de Araucária nas
margens dos rios. Ocorre também nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul,
porém em baixa freqüência. Em regiões do Paraguai, Bolívia e Leste da
Argentina, também há a ocorrência desta planta.
Quando colher a
espinheira-santa ?
Mas vale dizer que para
fins medicinais é mis adequado de um plantio específico e apropriado para isso.
Assim sendo a melhor época de plantio é a primavera e o verão e para colheita
que é feita apenas uma vez ao ano deve ser realizada somente após dois anos do
plantio.
Observações
No conhecimento
indígena diz-se também que esta planta combate tumores. Isto esta ainda sendo
pesquisado e até a total elucidação desta possível atuação, não é recomendado
seu uso para o fim de combate a tumores em geral. A Espinheira-Santa foi muito
utilizada pelos povos da América do Sul como abortivo e isto foi comprovado
cientificamente devido a um efeito emenagogo (podendo promover contrações
uterinas) e portanto mulheres grávidas não devem fazer uso desta planta. -
Mulheres que estão amamentando também devem ter o uso da Espinheira-Santa,
restrito, pois a planta em questão leva a uma redução do leite materno.
A Espinheira-Santa está
na lista de remédios oferecidos no SUS (Sistema Único de Saúde) no Brasil. A
lista tinha 810 itens (medicamentos, vacinas, remédios fitoterápicos,...) em
Março de 2012.
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